domingo, 1 de maio de 2011

Os livros

Eu leio muito, faço-o porque gosto. Gosto de me limitar às letras e entender o que pretendem mostrar, integrar-me em cada palavra, colocar-me no assunto e, até por vezes descrever imagens, simbólicas ou não, à minha maneira. Gosto de me sentar na cadeira à sombra de um dia primaveril, e ler. Relaxa-me por me situar num ambiente por vezes silencioso, por vezes natural.
É engraçado o que sinto quando leio, outrora torna-se bastante misterioso. O acto de ler um livro já indica repouso mas parece que até ele mesmo mexe com o leitor. Às vezes, de manhã, sinto-me só, dirijo-me ao alpendre e leio de acordo com o meu estado de espírito. Posso dizer determinadamente que o livro é uma boa companhia para mim, pois consegue fazer-me rir, consegue pôr-me a chorar, consegue deixar-me aborrecida ou curiosa, admirada ou desiludida, e consegue até ser muito bom conselheiro e levar-me a sítios onde nunca fui. Aprendo com ele, atento ao que me diz, vivo de outra forma.
Admito que não sou perfeita, consigo ser cruel ao ponto de julgar os livros simplesmente pela capa, mas acredito também que eles façam o mesmo quando lhes digo inocentemente "eu não te posso ler!". Teoricamente, quando lhes digo isso, eles não são capazes de entender as minhas razões, aliás, como poderia ler eu, pessoa crítica e idosa que sou, uma Banda Desenhada se no entanto eles preferem crianças e pequenos adolescentes, que não se interessam minimamente pela minha preferência de leitura?
Deverei eu entregar-me de corpo e alma a um livro sabendo que ele próprio não me quer ler também?

Se calhar deva...
...se calhar não.

terça-feira, 15 de março de 2011

voltar ou ficar?


Quero estar contigo mas não sei quem és, será a tua intenção ajoelhar-me a teus pés?
Eu sei que é cedo, só passou uma semana, queria acreditar quando me dizes que me amas
Comprei um colar com a tua inicial, mas valerá alguma coisa no resultado final?
Eu não sei se mudaste, acredito que sim porque és outra pessoa quando estás ao pé de mim
Será amor verdadeiro? Será que é paixão? Ou será que o que temos é apenas ilusão?
O sentimento vai crescendo e eu não sei o que fazer, não me quero afastar, não te quero esquecer
Não consigo negar de ti sinto saudade, só queria que me amasses e saber que é verdade
Apesar de não saber o que o destino escolheu, não te quero perder mesmo sabendo que não és meu

Os ciúmes que tinhas, as palavras e os beijos, será o teu amor mais fraco do que o teu próprio desejo?
Serei má pessoa ao ponto de merecer que me faças chorar, que me faças sofrer?
Escondes a relação mas não entendo porquê, nota-se bem que te amo e só não nota quem não vê
Estou contigo estou bem mas depois fico triste, porque acredito num amor que nunca retribuíste
Mas eu sei que se te amo é por alguma razão, é por ter acreditado que nem tudo foi em vão
Estou cega ao ponto de acreditar que não és má pessoa, que só me queres amar
Mas também posso olhar e não olhar com atenção, posso estar a ver o que não existe no teu coração
Não quero que te sintas mal, mas és tudo o que eu quis, e tudo o que eu quero é apenas ser feliz

Eu luto para voltares para mim
Tenho pena que isto tenha acabado assim
Dentro de tão pouco tempo tornei-me logo tua
Podes não acreditar mas é a verdade nua e crua
Os erros que cometi já não posso voltar atrás
Quero dizer-te que te amo mas não sou capaz
Ama-me um segundo, deixa-me sentir amada
Digo que gosto de ti mas isso não é quase nada